Delegado explica investigação e motivos por trás do assassinato de João Marcos em João Pinheiro

O delegado Danniel Pedro, da Polícia Civil de João Pinheiro, divulgou nesta segunda-feira (9) os detalhes da investigação que elucidou o brutal assassinato de João Marcos, de 18 anos. O jovem foi encontrado morto na região do Ribeirão Boca da Onça após ter sido atraído para uma emboscada por quatro suspeitos, identificados como Diego, Keverson, Natanael e Alexsandro, todos com idades entre 19 e 21 anos.

Segundo o delegado, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 400 relacionada a maconha e por ciúmes envolvendo a namorada de um dos suspeitos. “Eles confessaram que simularam uma pescaria para atrair a vítima. Durante as investigações, descobrimos que o Fiat 147 usado no crime tinha marcas de sangue no porta-malas e no vidro, confirmando que João Marcos foi morto no veículo. O corpo foi encontrado coberto por uma lona, e havia sinais de tentativa de queima”, explicou Danniel Pedro.

João Marcos desapareceu na última quarta-feira (4) e foi dado como desaparecido apenas dois dias depois, na sexta-feira (6), quando os familiares procuraram a delegacia. O delegado fez um apelo para que a população informe as autoridades imediatamente em casos de desaparecimento. “Agir rápido pode evitar tragédias como essa”, alertou.

O crime foi descrito como premeditado e cruel. Durante a coletiva, Danniel Pedro relatou que os suspeitos, que eram amigos próximos da vítima, chegaram a visitar o pai de João Marcos para perguntar sobre o desaparecimento, mesmo sabendo que ele já estava morto. “É um crime bárbaro, desumano, e os autores demonstraram frieza e premeditação”, afirmou.

João Marcos foi velado no último sábado (7), sob forte comoção de familiares e amigos. O jovem era descrito como alegre e carismático. Segundo informado pela Polícia, João Marcos tem uma passagem por tráfico de drogas quando era adolescente porém não havia nada que pudesse macular sua imagem após completar a maioridade.

Todos os suspeitos foram presos em flagrante e tiveram as prisões preventivas decretadas no sábado. Eles poderão pegar até 33 anos de reclusão. “Nosso trabalho é fruto de uma equipe dedicada e alinhada. Agradeço aos investigadores Bruno, Marcos, Alain e Wander, que trabalharam incansavelmente para solucionar este caso”, destaca Danniel Pedro.