Mãe de bebê sequestrado no Hospital de Taguatinga espera exame de DNA para levá-lo para casa

O exame é realizado para certificar a maternidade do recém-nascido. Polícia Civil será a responsável pelos procedimentos

A mãe do bebê sequestrado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Larissa Almeida, 21 anos, espera o resultado do exame de DNA para conseguir levar Miguel para casa. Segundo a mãe do bebê, o pedido do exame foi solicitado, mas é necessário esperar a Polícia Civil ir ao local para retirada do sangue. “De acordo com uma assistente social que nos acompanha, a solicitação foi feita, mas não há uma previsão de quando o exame será feito. Depois disso, teremos que esperar mais quatro dias até o resultado definitivo”, explicou Larissa.

O exame é realizado para certificar que o recém-nascido é mesmo filho de Larissa, depois de ser levado por uma mulher na madrugada de 28 de novembro. No inicío da manhã, a criança foi localizada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Apesar do alívio de reencontrar o filho, Larissa não vê a hora de levá-lo para casa: “Estou feliz que a gente vai para casa, mas estamos cansados dessa demora. E não dão nenhuma data próxima de saída”.
A família está se revezando no quarto do hospital. “Somos três: eu, a avó do bebê e a madrinha”, contou Luana Soares Pereira Dama, companheira de Larissa. A família inteira está à espera de Miguel. “Todos estão ansiosos para conhecer o neném. Será o primeiro homem da família. O quarto está todo pronto para recebê-lo”, completou Luana.
 
O caso
O recém-nascido foi levado do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) na madrugada de quinta-feira (28/11). O bebê, chamado Miguel, teria sido levado por uma mulher que se passou por médica do hospital. A criança foi localizada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no início da manhã.
A mãe do bebê deu entrada no hospital na madrugada da terça-feira (26/11), segundo sua irmã Raisa Almeida, 24. “Ela ficou internada durante 36 horas com a bolsa estourada, mas sem dilatação. Não induziram o parto. Quando foi às 8h de quarta-feira (27/11) ela deu à luz, de cesariana”, relatou Raisa. Ela conta que o parto foi acompanhado pela mãe delas.
“Depois disseram que minha mãe não poderia ficar, que tinha que ir embora e outra pessoa poderia voltar às 14h30. Quando minha cunhada foi acompanhá-la, a mulher da portaria a barrou. A gente achou um absurdo, porque a mãe tem que ter acompanhante na cesária”, disse.
Na maternidade, ainda segundo a irmã, uma mulher suspeita abordou Larissa dizendo precisar realizar exames no bebê. “Ela pediu para tirar a glicemia do bebê, por volta das 3h. Essa mulher ficou analisando como ia fugir. Escolheu um horário em que a mãe estava cansada”, avaliou Raisa.
Larissa permitiu que o filho fosse levado, mas ficou desconfiada. “Ela pegou e levou a  criança. Em cinco minutos, minha irmã foi atrás, mas ninguém mais a achou”, ressaltou.
A denúncia do desaparecimento de Miguel foi feita logo em seguida. “Essa mulher ficou se passando por médica. Estava de jaleco branco, ficava indo de mãe em mãe pedindo para ver o bebê. Ninguém reclamou, mas todos acharam ela estranha”, acrescentou Raisa.
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Eu nasci nesse hospital em Taguatinga, já que na época as pessoas morriam muito nos hospitais em João Pinheiro.

E as pessoas continuam precisando ir para outras localidades até hoje.