O Ministério Público do Estado de Minas Gerais se manifestou nesta segunda-feira (13) sobre o pedido de declaração de insanidade mental de Angelina Ferreira Rodrigues, 40 anos – responsável por matar Mara Cristina Ribeiro da Silva, 21 anos, no dia 15 de outubro do ano passado, em João Pinheiro, e roubar o bebê ainda no útero da mãe.
Assinada pelo promotor de Justiça da Comarca de João Pinheiro, Fábio Alves Bonfim, a manifestação do Ministério Público foi contrária ao pedido de declaração de insanidade mental. Para chegar à conclusão, o promotor de Justiça se baseou no laudo expedido pela Perícia.
O órgão atestou que a suspeita, que alega ter transtorno de personalidade borderline, de fato é portadora da doença. Entretanto, por meio de exame de sanidade mental, ficou atestado que ainda assim ela é capaz de entender o caráter ilícito de seus feitos, pois não havia alterações da sensopercepção e do pensamento.
“Ademais, a Perícia constatou que a acusada demonstra comportamento cheio de simulações e manifestações evidenciado pela hiperressonância do afeto, o que significa que a pericianda pode fingir sintomas, diminuindo ou aumentando seus possíveis efeitos, sempre na tentativa de justificar seus atos ilícitos”, diz o promotor.
Baseado no laudo, Bonfim reforça que o distúrbio não impede a portadora de viver em sociedade. “Ela apenas necessita de tratamento medicamentoso e psicoterapia contínuos, o que já tem sido devidamente providenciado”, sustenta o promotor para pedir a negativa da declaração de sanidade mental.
À época, Angelina Ferreira Rodrigues foi indiciada pelos crimes de dar dar parto alheio como próprio, subtração de incapaz e homicídio qualificado por motivo fútil, com uso de meio cruel, traição e mediante emboscada para ocultação de outro crime. Ela aguarda julgamento.