Vereador de Paracatu abre guerra contra assessora que levou pizza para Câmara e Polícia é chamada

Não desceu bem para Gilsão o fato de uma servidora ter levado pizza para o Plenário durante apresentação do relatório da CPI da Copasa

O vereador Gilsão do Paracatuzinho abriu guerra contra o vereador Pedro Adjunto e uma assessora do parlamentar. Durante defesa dos resultados dos trabalhos da CPI da Copasa, realizada nessa segunda-feira (18), Gilsão mostrou imagens do circuito interno da Câmara de Paracatu que apontam o momento em que a assessora levou uma pizza para o Plenário durante a reunião de apresentação do relatório.

Para o vereador Gilsão, a conduta da funcionária desmoraliza a instituição, na medida em que denigre a imagem do próprio lugar em que ela trabalha. “E isso eu não vou aceitar nunca enquanto estiver aqui”, disse ele.

Após a fala do vereador, a assessora chamou a polícia e registrou Boletim de Ocorrência contra Gilsão, por quem ela disse se sentir ameaçada. No local, os militares ainda orientaram a assessora sobre as providências a serem tomadas.

Pedro Adjunto saiu em defesa da assessora. “O que aconteceu foi assédio moral, pois é lamentável o Vereador Gilsão usar a tribuna pra pedir demissão de uma funcionária, que apenas cumpriu um pedido meu. Eu dei o dinheiro a ela, ela foi lá fora, buscou a pizza e trouxe para mim”, justificou.

O corregedor da Câmara, Joãozinho Chapuleta, se mostrou contra a assessora. “O servidor não pode desmoralizar a casa, não podemos chegar a esse ponto”, exclamou.

Por fim, Wilson Martins, presidente da Casa, disse que irá tratar o assunto de forma regimental e que irá agir dentro do que instruem as normas do Legislativo. Já a servidora afirmou que irá acionar seus advogados.

Rotina

Pedir pizza no Plenário é algo que está sendo corriqueiro nas Câmaras de vereadores do Noroeste de Minas Gerais.

No último dia 11 de março os vereadores da Câmara Municipal de João Pinheiro decidiram por arquivar a denúncia pelo uso indevido do carro oficial por parte do presidente afastado, Geraldo Porto.

A decisão acabou literalmente em pizza. Isso porque ao final da sessão chegaram duas pizzas e quatro litros de refrigerante ao local, encomendados anonimamente.

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